O sucesso no basquete universitário não fez bem a Darrall Imhoff. As boas performances pela UC Berkeley até renderam ao pivô uma vaguinha na seleção americana que conquistou o ouro nas Olimpíadas de Roma, em 1960. Naquele mesmo ano, ele foi escolhido pelo New York Knicks no draft da NBA. O que parecia ser uma carreira bem promissora logo se transformou numa trajetória opaca, marcada por incontáveis minutos no banco de reservas. Um tédio.
Pois justamente no dia 2 de março de 1962, há exatos 45 anos, Imhoff cumpriu seu destino: foi ele que, na maior parte do tempo, marcou Wilt Chamberlain naquela noite.
Na arena de Hershey, na Pensilvânia, não havia sequer uma câmera de TV. Azar de todos nós, sorte de Imhoff, que viu o pivô do Philadelphia Warriors chegar aos 100 pontos. O único registro do feito histórico é o áudio com a narração do último quarto, que
você pode ouvir aqui.
Wilt acertou 36 dos 63 arremessos tentados. Brilhou até nos lances livres, com 28 de 32, ignorando o fraco aproveitamento em torno de 50% que mantinha na época. Pegou 25 rebotes e fez o que bem quis.
Mas o mundo dá voltas e, duas semanas depois, a vítima saboreou sua vingança. Warriors e Knicks se enfrentaram de novo, desta vez no Madison Square Garden. Imhoff ficou em quadra durante os 48 minutos da partida, grudou em seu algoz feito carrapato, e foi para o vestiário sob aplausos ensurdecedores da torcida que ocupava as arquibancadas.
1 Comments:
Não poderia deixar de vir aqui e registrar este momento histórico para o Rebote. Parabéns, Rodrigo! abs, fábio
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