||||||||||||||||||||||||||||||||| Cestas de Ontem

Um espaço para os basqueteiros saudosistas que insistem em revirar os arquivos da memória

terça-feira, fevereiro 24, 2009

A arte de bater o relógio


A esta altura, você já viu a inacreditável cesta de Devin Harris contra o Philadelphia 76ers, na noite de segunda-feira. Se ainda não viu, aí está:



Agora, dê uma olhada no clipe abaixo, um top-10 com os melhores buzzer-beaters da história da NBA. São todos lances fantásticos:



Prestou atenção? Então diga: a bomba de Harris merece entrar nesta seleção? Em que lugar? E qual desses lance é o seu preferido?

domingo, fevereiro 22, 2009

Alas-pivôs: chegou a hora de descer do muro


A caixinha está abarrotada de ótimos argumentos em defesa de Barkley, Duncan e Malone (na ordem alfabética, para não dar problema). Nunca é demais dizer que escolher um dos três não significa que os outros dois são um lixo. Dito isso, é hora de descer do muro. Fico seriamente dividido entre Duncan e Malone, e até pouco tempo tendia para o primeiro. Hoje, avaliando todos os prós e contras com bastante calma, já acho que...

Karl Malone / ReproduçãoKarl Malone foi o melhor.

Duncan leva vantagem em alguns aspectos, como o posicionamento para os tocos e, claro, os quatro títulos. Anel de campeão pode não significar nada - não faltam bondes campeões por aí - mas podem significar muito, se for o protagonista e o responsável por revitalizar uma franquia. Malone, no entanto, só não foi campeão porque o Chicago de Jordan estava do outro lado - ainda assim, bateu na trave duas vezes.

O que me faz escolher o craque do Jazz é o tal impoderável, aquela impressão que a gente só consegue captar vendo o sujeito jogar inúmeras vezes ao longo da carreira. Malone me pareceu mais decisivo no ataque e melhor tecnicamente. Mais forte que Duncan e, ainda assim, muito habilidoso. Se fosse no par-ou-ímpar para a pelada do fim de semana, a escolha apontaria para o Carteiro.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Quem é o melhor ala-pivô de todos os tempos?




A pergunta acima geralmente deságua em três nomes: Charles Barkley, Karl Malone e Tim Duncan - sendo que o último, é bem verdade, ainda é uma "Cesta de Hoje", já que não encerrou a carreira. A disputa é feroz e, para te ajudar, o blog separou alguns dados de cada candidato. Analise com calma, escolha o seu eleito e o defenda com unhas e dentes na caixinha. Se tiver outro candidato, ótimo, as inscrições estão abertas.

CHARLES BARKLEY
Títulos: nenhum
MVP: 1
All-Star: 11
Médias: 22.1pts, 11.7reb, 3.9ass, 0.8toc, 54.1FG%, 31min

KARL MALONE
Títulos: nenhum
MVP: 2
All-Star: 13
Médias: 25pts, 10.1reb, 3.6ass, 0.8toc, 51.6FG%, 37.2min

TIM DUNCAN
Títulos: 4
MVP: 2
All-Star: 11
Médias: 21.6pts, 11.8reb, 3.2ass, 2.4toc, 50.8FG%, 37min

No próximo post, eu prometo dizer qual dos três é o meu preferido.
Por enquanto, a caixinha de comentário é toda sua. Aproveite.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Bowie ou Jordan: quem você escolheria?




Quando o Portland Trail Blazers surgiu, em 1970, Stu Inman estava lá. Nos primeiros anos da franquia, trabalhou como olheiro. Depois chegou
a atuar como técnico interino. Como dirigente, ajudou a montar o time campeão de 1977. Mas só ganhou notoriedade pela lambança que fez
no Draft de 1984, escolhendo o pivô Sam Bowie na segunda posição e deixando Michael Jordan para o Chicago Bulls, que vinha em terceiro.

Jordan, que hoje completa 46 anos, virou um mito. Bowie virou um Zé Ninguém. E Inman, coitado, foi perseguido por aquela escolha até sofrer um ataque cardíaco e morrer, em 2007, aos 80 anos. Em respeito à memória deste homem, eu arrisco dizer que teria tomado a mesma decisão em 1984. Aliás, não só eu, como talvez você também. Pense.

Em 1983, o Portland tinha draftado Clyde Drexler, que se tornaria um dos melhores jogadores da posição 2 na história do basquete. Além dele, outro ala-armador, Jim Paxson, vinha de uma excelente temporada. A equipe procurava desesperadamente um pivô para repetir a fórmula de 1977, quando foi campeã sob o comando do gigante Bill Walton.

Jordan já era considerado uma grande promessa, mas ninguém podia prever o que ele se tornaria no futuro - suas médias na UNC eram de 17.7 pontos, 5.0 rebotes e 1.8 assistência. Bowie, por sua vez, poderia não ser brilhante, mas se encaixava melhor nas pretensões do time. Além disso, os médicos dos Blazers fizeram vários exames e concluíram que sua grave contusão na canela era coisa do passado.

Stu Inman (na foto acima) não podia imaginar, naquela época, que Bowie logo se transformaria num jogador de vidro, massacrado por lesões, enquanto Jordan caminhava para se tornar o melhor da história.

No lugar do cartola, eu talvez tivesse tomado a mesma decisão.

E, claro, me arrependeria amargamente pelo resto da vida.